Serenata
Olhos d'água vertem, em catarata
E um grito roto, que ao peito salta
O sabor do vento sente a tua falta
Som do teu sorriso, ouço serenata
Sussurrar a noite como uma flauta
No sonho d'amor que me arrebata
Desta solidão, qual tanto maltrata
Deito em letras tortas nesta pauta
Bordo nestas linhas, que te retrata
Tomando punho, esta pena incauta
A cada traço de ti nesta dor ingrata
Nestes olhos teus ao que me relata
Nos cabelos claros, luzes da ribalta
Adorna o teu rosto em lua de prata
Valdívio Correia Junior, 17/01/2011