Serenata

Olhos d'água vertem, em catarata

E um grito roto, que ao peito salta

O sabor do vento sente a tua falta

Som do teu sorriso, ouço serenata

Sussurrar a noite como uma flauta

No sonho d'amor que me arrebata

Desta solidão, qual tanto maltrata

Deito em letras tortas nesta pauta

Bordo nestas linhas, que te retrata

Tomando punho, esta pena incauta

A cada traço de ti nesta dor ingrata

Nestes olhos teus ao que me relata

Nos cabelos claros, luzes da ribalta

Adorna o teu rosto em lua de prata

Valdívio Correia Junior, 17/01/2011

Juninho Correia
Enviado por Juninho Correia em 17/01/2011
Reeditado em 09/04/2024
Código do texto: T2735278
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