Tomei o barco, não comprei passagem,
Segui adiante sem traçar um plano
Quis o destino à luz do oceano
Levar de minha carcaça, a imagem!
Abri caminho - meio aos embaraços
E obstáculos que me prendiam.
E quanto mais os meus sonhos ruíam,
Mais eu firmava na sorte meus passos.
Levei em minha carne a tatuagem
Da solidão, sem nenhuma bagagem,
Segui em frente, neste descompasso!
Vi sofrimentos, risos e ternura...
E quanto sentimento de amargura
Em tentativas vãs de meu fracasso!
(Milla Pereira)