SEM RUSGAS

SEM RUSGAS

Perguntas, na coerência das tuas falas,

se o motor, órgão de todos os sentimentos,

tem rugas? E respondo que há certos momentos

que, não só enruga, como o ser “só” lhe abre valas.

Não se amanha a terra quando falta o implemento.

O tempo lava o húmus quando a tristeza abre alas,

desestimulando no “ego” a emoção, que cala

a ilusão do sonho que produz ferimentos.

Se tem ruga o coração que habita este peito

não sei. Ficou sábio; espera por soluções

que emanem do silêncio do seu amor eleito.

A tecla bate e a letra grafa as ilusões;

renova esperanças de um pacto já desfeito

... e a alma haure a razão. Quer mais sonhos e emoções.

afonsomartini

150111

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 15/01/2011
Reeditado em 15/01/2011
Código do texto: T2731200
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