SEM RUSGAS
SEM RUSGAS
Perguntas, na coerência das tuas falas,
se o motor, órgão de todos os sentimentos,
tem rugas? E respondo que há certos momentos
que, não só enruga, como o ser “só” lhe abre valas.
Não se amanha a terra quando falta o implemento.
O tempo lava o húmus quando a tristeza abre alas,
desestimulando no “ego” a emoção, que cala
a ilusão do sonho que produz ferimentos.
Se tem ruga o coração que habita este peito
não sei. Ficou sábio; espera por soluções
que emanem do silêncio do seu amor eleito.
A tecla bate e a letra grafa as ilusões;
renova esperanças de um pacto já desfeito
... e a alma haure a razão. Quer mais sonhos e emoções.
afonsomartini
150111