CAPITALISMO
Há um certo fantasma que nos ronda, só,
Nas trevas e nos trevos escuros da noite,
Alimentando egoísmo e dividindo pó
Na atroz escuridão do seu Mundo de açoite.
Escravizando sonho, entrincheirado em nó
Rígido e comprimido pra doer sem limite,
Somos desse avejão prisioneiros sem dó,
Feitos pra sofrimento que alegria evite.
Um fantasma sem voz que subliminarmente
Age, dentro da entranha mais, mais, mais recôndita.
Sem notar, sem pedir nos aprisiona a mente
Em caminho coercivo e com falsa benesse.
Somos robotizados e vemos desdita
Cada justa quimera da nossa alma, e messe.
(Alexandre Tambelli® - 2004)