Homem-terra

Homem que peleja a vida

Traz no suor a marca sagrada

Dos rincões da terra

Das plantações que tolhem a desgraça

Homem de fibra, das mãos calejadas

Anonimamente sustenta a aldeia

Sob um sol ávido por fornalha

Seu olhar em silêncio desencadeia

Toda gratidão a ti é pouco

Se acorda, se lança de novo

A cada manhã antes do raiar do sol

Imagem da dignidade e da honra

Que nem a enxada se desmonta

Referência de luz como farol