"Quo vadis"

Trancai ó Deus, destes céus, a chaves

Deste horror das águas que tudo varre,

Das lágrimas secas que o rosto amarre,

Ao toar de tormentas, os sóis em clave

E destes trovões que do alto te escarre

Abrindo as lápides, que das águas jorre,

Do barro, o lápis que o desenho escorre

De tantos, os corpos, que já se esbarre

E destes relâmpagos, tal brilho covarde!

Vomitando em ira, para todo o seu porre

Desmorona os morros ao cair das tardes,

Já sem as alegiras, das suas almas leves

Sob o choro de mães, ao filho que morre

Então valha-me Deus! "homine quo vadis"

Valdívio Correia Junior, 13/01/2011

Dedico este opúsculo aos bravos sobrvi-

ventes da tragédia das chuvas no Rio de

Janeiro, e aos seus heróis bombeiros e

civís, naquela comovente situação!

Juninho Correia
Enviado por Juninho Correia em 14/01/2011
Reeditado em 21/01/2011
Código do texto: T2727784
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