Cabe-me o perfeito
Nada do que me és, tu compreendes mulher!
És de mim uma força ligada a um destino,
Que me invocas, e que me guias a um desatino,
Que nem mesmo o amor há de compreender!
Nada do que me disser, em mim, hás de ser...
Acerca as auras do teu sentimento peregrino,
Uma paixão, um querer, não um cálice divino,
Que em minh’alma exibe a vontade em viver!
Pois, que trago no peito um sentido quente...
E nada o que sinto, em mim, é tão breve
Como em teu coração, que é pulsar de repente.
E, assim mesmo, mulher, eu a amo demais...
Mesmo que em ti, o meu sentimento despreze,
Nada a compreendes eu te amar muito mais!
(Poeta Dolandmay)