PINGOS DE AMOR I

PINGOS DE AMOR I

Não sei se devo implorar, pois nem sei até quando

estarei neste plano e mantenho esperanças

em se brincando de amor, impor doces cobranças

nessa espera incomum de sabor formidando.

Tantas vezes já em prosa e versos e lembranças

O alfombre do tempo me diz que estás me amando, .

porém o coração sempre me foi enganando,

nunca ouviu a razão: o peso da balança.

Hoje mais uma vez contemporizo o estágio;

só leio tuas cartas e versos doridos

sem nada cobrar, nem mesmo a cobrança de ágio.

Quantas incúrias de amor e corações partidos

(nota a carência que determinou o presságio)

quem sabe, de ambas partes, a jura indevida.

afonsomartini - 130111

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 13/01/2011
Reeditado em 15/01/2011
Código do texto: T2726994
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