A FORTUNA
Quando um dia bater a roda da Fortuna
Para trazer-te dias opulenciáveis
A sorrir-te terás a teus pés a fartura
A tornar teus desejos realizáveis.
Não te achegues aos vícios que costuma
Apetecer em brilhantes embalagens
A mostrar-te insinuante e soturna
Aos incautos que são presas fáceis.
Não ceda a mesquinharia e a rudez
De negar ao próximo um pedaço de pão
Tirar proveito de quem não teve vez.
Porque um dia se ela virá escassez
Pisar-te novamente, arrebatar-te ao chão.
Haverás de achar guarida por tua sensatez.
Icoaraci, 12/2/08 – 12h20.