Enterro de mágoas

Pobre homem, o insípido coveiro

A enterrar corpos, no chão mortal

Destino cruel, fatídico, fatal

Muito diferente do seresteiro

Esse sim, dança, canta e declama

Poesias, anedotas, cantigas ao luar

Pelas ruas, emoções ávidas a recitar

As mágoas, dos ouvintes, ele derrama

Vidas opostas, que assim se fazem

Sentimentos ambíguos, a si, trazem

Ambos na vida, sem rumo, sem norte

Não tão diferentes esses homens são

Se um enterra as mágoas do coração

O outro enterra as mágoas da morte

Eder Ferreira
Enviado por Eder Ferreira em 12/01/2011
Código do texto: T2724848
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