CASTIGO...

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A bem pouco, te foste, amor, embora;

Mas a saudade em tanto, faz-se abismos,

Profundos e medonhos, ermos, ora;

Tua falta deixa n’alma fortes sismos...

Olho à frente e já vejo a longa estrada;

Ó, a noite andará, aqui, comigo

Em lentidão mui vasta, um castigo;

Vou chorar esta dor atribulada...

Ouvirei os silêncios tão gritantes,

Rasgarem esta noite em arrepiantes,

Ecos de uma amargosa agonia...

Já estarei morto, aos raios brilhantes

Do sol, se não me amares como antes;

E, talvez, reste só esta poesia...!

Aarão Filho

São Luís-Ma,12 de Janeiro de 2011.

Aarão Filho
Enviado por Aarão Filho em 12/01/2011
Reeditado em 12/01/2011
Código do texto: T2724762
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