Primeira Pessoa.

Nasci à beleza da alma feminina,

louvei os seios como alimento,

admirei o ventre que germina

e chorei, mas não por descontentamento.

Ah ! Infinita alma, divina pele nua;

nasci de ti, amo tua espécie e teus abraços

pois a alegria mais pura é te dar a lua.

E a magia do meu peito já aos pedaços.

Arder em febre, somente ao teu amparo,

morrer em brasa, fenecer em teu corpo sem regaços,

sem limites sequer, viver um momento raro.

Sou nuance de poesias e inspirações,

habito sorrateiro em vazios espaços

converto-me, mesmo sem saber fazer orações...

Rio de Janeiro, 17 de Abril de 2008.