PARA O QUE DER... [CCLXIV]

Se me dizes que pense o que quiser

(como Sócrates), sei que nada sei,

mas do teu bem o tudo que atestei

é que jamais tu és qualquer mulher.

Já sei amar a ti, para o que der...

Das tantas sensações a que me dei,

só tenho o teu amor por minha lei

e faço guerra e paz, rebu qualquer.

Aí, nos longes, mais e mais te afago

e meu peito sequer se dá por pago,

que a saudade, maior, ficou nociva.

Partícipe no mais das tuas mágoas,

meu coração imerso, cá, em fráguas,

por ti, ainda, acende flama ativa...

Fort., 12/01/2011.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 12/01/2011
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