VALORES
Tu, que te vestes com linhos, com sedas,
luxo, nobreza em tecidos mui raros...
Tu, que diriges teus carros tão caros,
quanto dinheiro a correr alamedas...
Bens cravejados com áureas moedas
douram-te os dias vazios e amaros...
Sim, pois tu choras, zurzido de enfaros,
sobras, excessos também fazem quedas...
Tu, fausto homem que baila nas festas
das altas classes sociais e te infestas
de ideias fúteis, banais, levianas.
Olha-te a essência e verás o que importa,
ao sentimento mais puro, abre a porta,
desvenda tuas riquezas humanas!