VALORES

Tu, que te vestes com linhos, com sedas,

luxo, nobreza em tecidos mui raros...

Tu, que diriges teus carros tão caros,

quanto dinheiro a correr alamedas...

Bens cravejados com áureas moedas

douram-te os dias vazios e amaros...

Sim, pois tu choras, zurzido de enfaros,

sobras, excessos também fazem quedas...

Tu, fausto homem que baila nas festas

das altas classes sociais e te infestas

de ideias fúteis, banais, levianas.

Olha-te a essência e verás o que importa,

ao sentimento mais puro, abre a porta,

desvenda tuas riquezas humanas!

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 10/01/2011
Reeditado em 10/01/2011
Código do texto: T2720343
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