VIDA, VIDA...
Percorro sempre tão sublimes eldorados,
colhendo frutas saborosas nos voejos
que faço, leve, colorindo meus gracejos
de puro encanto pela vida e seus dourados.
Bem sei, a dor também flutua aos descampados
de tantas dúvidas, respostas com manejos
que só ascendem nossos medos, nossos pejos
na mesma vida, em seus matizes maculados.
Ainda assim, que meu amor nunca feneça,
pelo contrário, que ele mais e mais floresça,
que se pletore, todo em brilho de cristal.
Até porque a impermanência existe e passa
todo o existir. Então, melhor viver em graça;
e que a brandura seja um dote natural.