Águas de Verão
Águas de Verão
Sentada às margens d’m ribeirão
Meu coração alça voo sonhando
Olhar perdido nas águas de verão
Que entre pedras seguem cantando
O tempo passa como bolha de sabão
As águas continuam serpenteando
E levam restos desta perniciosa paixão
No contorno das curvas os afogando
Tudo faz parte do jogo de minha vida
Ontem amei demais e fui preterida
Achei dentro do silêncio meu porto
Coloquei no barco do desencanto
A dor cruel que causava meu pranto
E o amor que se existiu está morto.
Norma Bárbara