Soneto

Fagner Roberto Sitta da Silva

(Parafraseando o soneto XIII

da Via-Láctea, de Olavo Bilac)

Ora (direi) ouvir o amor, é certo

que já perdi o medo, pois seu canto

que invade feito vento o peito aberto

não arrasa nem traz algum espanto.

Este me acalma feito um acalanto,

também me faz sonhar, mesmo desperto,

numa esfera de azul, de puro encanto,

só por sentir o ser amado perto.

Somos amado-amada, amiga-amigo

pelo tempo do amor, todo estendido,

onde trilhamos sem temer perigo,

tecendo mil palavras, puras, belas,

ditas, reditas, sempre ao pé do ouvido,

pois o melhor é não querer contê-las!

07 de janeiro de 2011.

Fagner Roberto Sitta da Silva
Enviado por Fagner Roberto Sitta da Silva em 07/01/2011
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