O NATAL DA MINHA CHAMINÉ

O NATAL DA MINHA CHAMINÉ

JoaKim Santos

Não esqueço e nunca perdi esta ideia

Escutar o crepitar da lenha na chaminé

Naquela típica lareira da minha aldeia

Enfarruscada e o cheiro suave do café

Na ansiedade final da ceia de cada consoada

O deixar do velhinho sapato nela adormecer

Á espera dum carinho que viria pela madrugada

Que traduzia o amor que tínhamos vindo a receber

Das manhãs imaginadas de um dia especial

As correrias de abraços, beijos e até lágrimas

Meus irmãos, meus pais, eram o nosso Pai Natal

Mas que a minha saudade não passe de um desejo

Para que em cada lar não seja apenas minhas rimas

Mas um Natal da minha chaminé, tal como eu a vejo

Portugal / Loures

18Dez2010