UMA CHANCE

Quem dera batesse à porta, a Esperança.

A mostrar-me, sua beleza envolvente.

Entrasse sem aviso com a bonança

De trazer-me, deste estado descontente.

Espalmasse os ventos em sua andança

E rir um riso largado de contente

Invadisse meu obscuro mundo em sua dança

A sussurrar meiguice, com jeito caliente.

Que tirasse deste peito meu o frio contido

A tristeza que marca desalmada

Meu olhar em desalinho estendido

Em sombrias figuras encravadas.

E viesse habitar este ser que se condena

Sem saber o que realmente vale a pena.

Ananindeua, 03/02/08 – 23h43.

Angela Pastana
Enviado por Angela Pastana em 07/01/2011
Código do texto: T2715056
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