O GARIMPEIRO DO ABSOLUTO
Odir, de passagem
Não morrem os grandes homens. Garimpeiros
da Justiça, do Vero e Absoluto,
resguardam sonhos seus por um minuto,
para assisti-los vivos, verdadeiros.
Vão-se a matéria, a voz, ficam vozeiros
de todos os garimpos, fica o fruto.
Muito embora a matéria vista luto,
resta o verde dos frutos derradeiros.
Grandes homens não morrem. Fantasiam
transformações da vida, em verso extremo
do peso da matéria se alforriam.
Vencido o vôo, recolhido o remo,
enquanto os frutos seus nos extasiam,
garimpa os grandes homens o Supremo!
JPessoa, 06.01.2011