Soneto n.175
Em mim nasce a seiva sublimada
e, bem misteriosa, ela se entrega
pra ser ternamente fecundada
pelo amor que meu Amor carrega.
E ela vem sem hora traçada,
tão pura que permanece cega,
tão bela que é carta marcada
nessa luz que por mim navega.
Do azul-rosado desta linda aurora
descem gotas sobre as violetas:
numa cor que nos lembra outrora.
Entre as asas leves das borboletas
dança essa flor (que depois chora)
e se eleva mui acima dos cometas!
Silvia Regina Costa Lima
28 de dezembro de 2010
Em mim nasce a seiva sublimada
e, bem misteriosa, ela se entrega
pra ser ternamente fecundada
pelo amor que meu Amor carrega.
E ela vem sem hora traçada,
tão pura que permanece cega,
tão bela que é carta marcada
nessa luz que por mim navega.
Do azul-rosado desta linda aurora
descem gotas sobre as violetas:
numa cor que nos lembra outrora.
Entre as asas leves das borboletas
dança essa flor (que depois chora)
e se eleva mui acima dos cometas!
Silvia Regina Costa Lima
28 de dezembro de 2010