TÃO VAGABUNDO...
Volto a ti meu olhar tão vagabundo;
E ponho no rosto o meu vago riso;
Eu nem falei nada, não foi preciso!
Porquanto, mui pungente o meu mundo...
... Foi ferido, esburgado e liberto...
E, de ti, nada restou, nem as dores;
Plantei novas sementes de amores;
Retomei os meus versos, hoje flerto...
...com as horas futuristas, repentinas,
E o tempo, um perdido nas esquinas,
Deixou-nos, ah, enfim, tão separados...
Este riso comum é falsidade,
Dentro de mim só há muita saudade,
Dos dias em que vivemos lado a lado....
Arão Filho
São Luís-Ma, 05/01/2011