O PERFUME
Amor, recordes teres respirado
Com embriaguez e demorada gula
O grão de incenso que no templo ondula
Ou no teu corpo o âmbar impregnado.
A magia do encanto o embriaga
No presente o passado restaurado!
Assim o amante sobre o corpo amado
Apanha da saudade a flor mais vaga.
De aroma embriagado, também mudo,
No quarto o incensário, um doce aroma...
Vinha-me o odor de loura e fera coma.
E nas roupas de seda ou de veludo
Guardando-te a nudez para os meus zelos
Tua pele exalava entre os meus pêlos.
Amor, recordes teres respirado
Com embriaguez e demorada gula
O grão de incenso que no templo ondula
Ou no teu corpo o âmbar impregnado.
A magia do encanto o embriaga
No presente o passado restaurado!
Assim o amante sobre o corpo amado
Apanha da saudade a flor mais vaga.
De aroma embriagado, também mudo,
No quarto o incensário, um doce aroma...
Vinha-me o odor de loura e fera coma.
E nas roupas de seda ou de veludo
Guardando-te a nudez para os meus zelos
Tua pele exalava entre os meus pêlos.