O PERFUME

Amor, recordes teres respirado
Com embriaguez e demorada gula
O grão de incenso que no templo ondula
Ou no teu corpo o âmbar impregnado.

A magia do encanto o embriaga
No presente o passado restaurado!
Assim o amante sobre o corpo amado
Apanha da saudade a flor mais vaga.

De aroma embriagado, também mudo,
No quarto o incensário, um doce aroma...
Vinha-me o odor de loura e fera coma.

E nas roupas de seda ou de veludo
Guardando-te a nudez para os meus zelos
Tua pele exalava entre os meus pêlos.


 
LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 05/01/2011
Reeditado em 09/11/2013
Código do texto: T2709938
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