SUAVE DELÍRIO

Abraço-te, beijo-te, lentamente, sem pressa,

Dispo tua roupa, respirando cada peça,

Sinto em mim teu perfume como suave delírio

Que me faz escrava de ti, meu doce martírio…

Carícias descobrem em nós cada parte acesa

Em toques suaves, porém com firmeza

As bocas saciam-se num beijo sedento

Beijo que em nós é verdadeiro alimento

Com infinito carinho, cuidado e ternura

Teu corpo desbrava com força tão mansa

Este teu corpo que chamas delicioso

Em infinito êxtase que na noite perdura

Em cada desejo, suspiro, gemido, ânsia…

Nos esgotamos num insansável gozo!

Ana Flor do Lácio (03/01/2011)

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Interação - Mario Roberto Guimarães

A alma que canta, em versos dolentes,

O amor que ilumina a noite mais densa,

Reflete a força da paixão intensa,

O puro delírio, em corpos silentes

E vai-se a razão (a mente não pensa),

Ante o desejo e a volúpia prementes,

Do mundo, tornam-se, ambos, ausentes

E só o prazer marca sua presença,

No toque que cala a voz e a pena

E infunde calor aos corpos que amam

E às almas, infladas, por tais carícias

E em meio à sem par fonte de delícias,

Emanam desejos (afloram e clamam),

Qual foram a chave da vida mais plena.

Parabéns, Ana, por tão belo soneto, que me inspirou esta interação.Um abraço,Mario.

(Ilustre poeta Mario, amigo e meu Mestre na poesia, grata pela excelente interação. Sua presença dignifica e enriquece minha escrivaninha.)

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Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 03/01/2011
Reeditado em 29/08/2016
Código do texto: T2707520
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