Um
Talvez eu deveria mesmo te deixar em paz
Seguir as luzes dessa madrugada estonteante
Ficar no fim das contas, realmente pra tás
Deixar-te fazer de mim apenas fotos na sua estante
Mas nesse devaneio transcendente
Sem passado, futuro ou presente
Impregnado na magia dos teus versos
Mergulho por completo em teu universo
Embora tu o queiras me retirá-lo
Eu persisto inabalável a penetrá-lo
E tão logo tu não me tens a coragem de negar
Adormeces novamente em meu peito
Somos duas almas flutuando o mesmo leito
Que apesar dos desencontros, fundem-se numa só!