Dos canteiros de bálsamo
Ela veio, a minha amada bela
Dizendo-me tuas palavras doces,
Espargindo de mim as noites,
Com a tua voz meiga e singela...
Veio ela, de alfobres que são dela,
Em teus esplendores afoites
Dizendo-me teus insanos aloites...
Ela veio em canção de aquarela.
A minha amada bela, num todo,
É unicamente quem enxerta
O meu coração quente e louco...
É ela, quem tem a porta aberta
Ao meu afeto assim afoito...
O meu amor, somente ela desperta!
(Poeta Dolandmay)