Naufrágio

Velho casco, de um velho navio

Vestido de barco, andava no rio

Velhos grumetes trazia a bordo

Baixo calão. ofensas sem modos

Quase sem ondas quase sem tombos

Água invasiva, espreitava os rombos

Fazendo uma sopa da velha comida

Fazendo esquecidas, velhas feridas

Antiga pedra e o também velho coral

Traziam para dentro a água e o sal

Questionando direção dada pelo farol

E ela, que no cais esperava do anzol

O peixe do prato, e manter a chama

Naufrágio da espera, deixou de ser dama

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 03/01/2011
Reeditado em 04/01/2011
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