Naufrágio
Velho casco, de um velho navio
Vestido de barco, andava no rio
Velhos grumetes trazia a bordo
Baixo calão. ofensas sem modos
Quase sem ondas quase sem tombos
Água invasiva, espreitava os rombos
Fazendo uma sopa da velha comida
Fazendo esquecidas, velhas feridas
Antiga pedra e o também velho coral
Traziam para dentro a água e o sal
Questionando direção dada pelo farol
E ela, que no cais esperava do anzol
O peixe do prato, e manter a chama
Naufrágio da espera, deixou de ser dama