SONETO IMPERFEITO

Perdido está meu penúltimo verso,

Dentro de algum caderninho disperso;

O último espero gerar entre meus dedos,

Os mesmos onde guardo meus segredos.

Eu tenho um poema não concluído,

Cheio de palavras, falho de sentido;

Uma poesia onde não posso me achar,

Onde se perdeu, em verso, o verbo amar.

Há quem espera um poema qualquer,

Do meu coração de triste mulher,

Feito com belas letras inclinadas.

Mas o que escrevi são horríveis rasuras,

(Nascidas nas minhas tardes escuras)

Donde surgem poesias inacabadas.

(Luciene Lima Prado)

Luciene Lima Prado
Enviado por Luciene Lima Prado em 02/01/2011
Código do texto: T2705011