Soneto para um amor distante
Soneto para um amor distante
Quando te encontrar no mundo real,
vou tomar as tuas mãos,
te enlaçar péla cintura
e te levar para minha casa,
sentindo teus braços apertando meu corpo,
e teu hálito quente no meu pescoço.
E, lá chegando, ver e sentir teu sorriso de felicidade.
Então, sem sobressaltos, te despirei,
vagarosamente, peça por peça,
até ficares completamente nua.
E não me surpreenderei,
com a brancura do teu corpo
que imagino em minhas noites de solidão.
Depois beijarei teus cabelos,
os teus olhos e o teu pescoço.
Vou beijar, os teus seios túmidos,
com o cuidado de quem beija uma flor.
E, navegando na placidez do teu corpo jovem,
aportarei no teu ventre,
e no entorno do teu umbigo,
até sentir o teu sexo ávido.
Beijarei tuas coxas,
até alcançar os teus pés,
que também cobrirei de beijos.
E, no doce caminho de volta,
cobrirei teu corpo, com o meu corpo,
e te possuirei,
sem a pressa dos adolescentes.
Tu me receberás por inteiro,
e juntos gozaremos,
na nossa primeira noite de amor.
Depois deitados, lado a lado,
de mãos dadas,
olhando-nos nos olhos,
homem e mulher,
lassos, saciados e felizes,
seremos uma só pessoa,
para todo o sempre.
Serei eternamente grato aos deuses,
por ter-te colocado em meu caminho,
com a certeza, que,
de hoje até sempre,
ter-te-ei ao meu lado,
todos os dias de minha vida,
enquanto vida eu tiver.
Aracaju, junho de 2009