CAÍ NA REAL !
CAÍ NA REAL !
Caí na real; quebrei pernas e braços.
Nada que não se conserte; o que mesmo importa;
o que depois de consertado reconforta,
faz-se amizade, desfeitos os nós dos laços.
Deus fecha a janela, mas, deixa aberta a porta,
porque a vida se resume em momento escasso
mesmo que o corpo humano sofra co’os fracassos
restabelece-se a alma das ilusões mortas.
Andei muito só por mundos da poesia;
com tanta solidão fiquei carente e trágico
juro que nem sempre o que falava eu sentia.
O lirismo aguça em mim um momento mágico
quem sabe o sonho faz parte dessa magia
pois cultiva no pomo d’alma a minha lógica.