SEPULTADO...
Este soneto está sendo republicado a pedido do meu amigo DEREK SOARES CASTRO, a quem eu o dedico.
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Dá-me o teu beijo, mesmo à revelia
De mim e desta alma que em ardor te ama
Como se fosse um favor, vem, derrama
O choro amiúde, melancolia...
Leva a alegria, sem condolência,
E arrasta o meu sorriso pela mágoa
Que rebenta destes meus olhos d’água,
Alagados pela tua indiferença...
Arranca de mim o ânimo, arranca a cor,
E deixa as minhas faces descoradas
A se olharem, no espelho, tão vazias...
Banha-me com a amarga e tão profunda dor
E deixa-me nas vias mais amargadas
Morto e sepultado com as poesias....
Arão Filho
São Luís-Ma, 01 de Janeiro de 2011.