SONHAR

Ao mar, estes martírios que profundos

Invadem as lacunas do olhar

São sonhos que no seio fez-se mundo

Quebranto dos anseios ao luar

Enlevam as areias frágeis passos

Das marcas que na alma se desfaz

São ondas que encobrem tal abraços

São verves que percorrem contumaz

O peito, que refém almeja o canto

Das pedras que se quebram no caminho

E fixa o olhar num horizonte

De amor que descortina como manto

Repleto de ternura e de carinho

Da paz do teu olhar, perene fonte

Sandra Vilela (Eternellement)
Enviado por Sandra Vilela (Eternellement) em 30/12/2010
Reeditado em 29/03/2011
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