CLARO-ESCURO
Ouço-te voz oculta que procuro
Vejo-te volúpia em dor que encorpo
Sinto-te dentro e fora do meu corpo
Perco-te na bruma em claro-escuro
Ouço-te nas aves, voo e canto
Ouço-te na sonata compassada
Ouço-te nos sons cavos da calçada
Ouço-te na chuva, água em pranto
Vejo-te na filmagem riso ou drama
Vejo-te no bailado que embriaga
Vejo-te no incêndio que inflama
Sinto-te no desejo que me chama
Sinto-te mão carente que me afaga
Perco-te na algidez da minha cama
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In E-Book “Sonetos Escolhidos”
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