A Voz Sagrada
À beira da lagoa, à luz do Sol,
Sentindo o vento, sopro de Deus Santo,
Ouvi misterioso e doce Canto,
Mais belo que o cantar de um rouxinol.
Aquela bela Voz me encheu de espanto,
Cobriu todo o meu ser como um lençol;
Iluminou minh’alma qual farol,
Saí de mim, tomado pelo encanto.
Minh’alma mais e mais queria ouvir,
Extasiada com tanta beleza,
À qual nem pude nem quis resistir.
Após ouvir eu soube com certeza
Que a Voz que então eu pude discernir
Era o cantar da própria Natureza.
*Este poema faz parte da coletânea de sonetos "100 Sonetos Pernambucanos 2010", da Editora Babecco. O livro está à venda na loja virtual da Babecco, no endereço:
http://babecco.com/ws/index.php/sonetos-2010.html