A Voz Sagrada

À beira da lagoa, à luz do Sol,

Sentindo o vento, sopro de Deus Santo,

Ouvi misterioso e doce Canto,

Mais belo que o cantar de um rouxinol.

Aquela bela Voz me encheu de espanto,

Cobriu todo o meu ser como um lençol;

Iluminou minh’alma qual farol,

Saí de mim, tomado pelo encanto.

Minh’alma mais e mais queria ouvir,

Extasiada com tanta beleza,

À qual nem pude nem quis resistir.

Após ouvir eu soube com certeza

Que a Voz que então eu pude discernir

Era o cantar da própria Natureza.

*Este poema faz parte da coletânea de sonetos "100 Sonetos Pernambucanos 2010", da Editora Babecco. O livro está à venda na loja virtual da Babecco, no endereço:

http://babecco.com/ws/index.php/sonetos-2010.html

Bruno Skylab
Enviado por Bruno Skylab em 29/12/2010
Código do texto: T2698771
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