SONETO ILÓGICO.
Amor que é amor é ilógico,
Descabido do peito e do coração.
Amor, pensamento filosófico,
Dada às vezes, improcedente à razão.
Caminho destrilhado e de tantas, oblíquo
Sentimento confuso, outras vezes tão rico.
Venerado por dois seres unidos,
Quando juntos, são divididos.
O amor é isso, é assim,
Para ti e quem sabe? – Pra mim...
Mais quando a emoção o deixa perdido,
Afivela-se o peito do pobre vencido.
Dele, não se encontra medidas
Ao se habitar, fecham-se todas as saídas.
Rio de Janeiro, 28 de Março de 2003.