HORA DERRADEIRA
Enquanto os sinos denotam as horas
Repicam dentro de mim, meu Senhor!
È chegado meu dia sem vitórias
A render-te meus vinhais de dor.
Não me chegue a cruel sina ainda inglória
A visitar-me qual sombria visão de horror
Com sua espada a despojar-me da memória
A tua visão que elevo no meu louvor.
Que seja bem vinda essa hora sem lamento
E que seja feita tua vontade, não a minha.
A desatar os laços desta vida também.
Que minhas culpas não sejam meu tormento
Ó Senhor! Abranda o cajado da morte que é sina.
Deixe-me pedir perdão a Vós... Amém.
Ananindeua, 03/02/08 – 18h01.