MEU AMOR ME ABANDONOU

MEU AMOR ME ABANDONOU

Estava tão feliz, mas, a felicidade,

que é ainda mais efêmera do que a própria vida,

fugiu do ar que respiro. A alma está bem ferida

e meu coração parou, sem atividade.

Bem sei e entendo, eram juras proibidas,

mas não entendem desse tipo de maldades

o coração que ama e a alma que sente saudades,

rasguem-se, embora, as carnes da alma destruída.

O amor que nasceu ao toque de leve farfalho

com a mansidão de dois corações tristonhos

e estronda, empós, no peito, qual bumbo sob malho;

e essa voz quando se cala, calam os encômios;

cala a boca os sussurros e dispensa pálios;

a mente espera em prantos a morte dos sonhos.

Afonso Martini

281210 - 0h 10min.

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 29/12/2010
Reeditado em 29/12/2010
Código do texto: T2697234
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