De olhos vendados
De olhos vendados sinto a poesia...
Me inspiro, respiro o aroma do dia...
Me calo, absorvo toda vasta magia...
Ouço vozes como fossem melodia...
Minhas mãos apalpam suavemente...
E mente pra mim... a minha mente...
Que diz para meu eu inconsciente...
Que você é aquela à minha frente...
Mais que imagem é pura intuição...
É esta venda que me vende então...
Pois ali, não pode ser você coração...
É apenas mais uma afável ilusão...
Que por festa me prega uma peça...
E me pega imerso em tanta paixão...