Soneto Indianista (II) – Violência Colonial
Aos povos extintos pela violência colonial e neocolonial
Um sentimento plúmbeo traz no peito
e marca o seu semblante macilento,
um pranto que não sabe o que é alento,
um mundo sem porvir, violento e estreito;
o seu penar é tão profundo e lento,
porque ninguém garante o seu direito,
conhece só desprezo e preconceito,
não tem amigos, lar, dorme ao relento.
Não tem mais terra, nem parentes mais
e já perdeu, a vida, os seus sentidos,
não tem a paz dos outros tempos idos.
Ó! Deus! Ó! Deuses! Almas ancestrais!
Por que seguir sofrendo mais e mais
vivendo a triste sorte dos vencidos?
Brasília, 28 de Dezembro de 2010.
Livro: Cantos de Resistência, pg. 26
Aos povos extintos pela violência colonial e neocolonial
Um sentimento plúmbeo traz no peito
e marca o seu semblante macilento,
um pranto que não sabe o que é alento,
um mundo sem porvir, violento e estreito;
o seu penar é tão profundo e lento,
porque ninguém garante o seu direito,
conhece só desprezo e preconceito,
não tem amigos, lar, dorme ao relento.
Não tem mais terra, nem parentes mais
e já perdeu, a vida, os seus sentidos,
não tem a paz dos outros tempos idos.
Ó! Deus! Ó! Deuses! Almas ancestrais!
Por que seguir sofrendo mais e mais
vivendo a triste sorte dos vencidos?
Brasília, 28 de Dezembro de 2010.
Livro: Cantos de Resistência, pg. 26