A REDE
Odir, de passagem

Canta, poeta, a madrugada, canta!
Enquanto, triste, trovo o meu lundu,
o meu desejo de ser essa manta
que de prazer provê teu corpo nu!

O sol das sombras logo se levanta!
Passarinhos pipilam como tu!
Na manta envolta, mais pareces santa
ou deidade dançante do vodu!

Foge da cama fria a tua sede
de amar sem limites e sem nexo,
deita no corpo meu, faz-me de rede!

Deixa que venha o sol nos ver, perplexo,
ciumando seus raios na parede,
rondando a nossa rede, toda sexo!

JPessoa, 25.12.2010

oklima
Enviado por oklima em 26/12/2010
Reeditado em 11/01/2011
Código do texto: T2692862
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