Insônia

Sonho o dia

Em que serei dono do meu próprio sono

Mas, sonho acordado

Porque até agora não consegui dormir.

O tempo passa, a hora se arrasta

Vaga, mansa, lentamente

Com a mesma pressa que cresce uma semente

Sem sol, adubo, ou água.

Eu já até creio em morto-vivo

Eu sou a prova viva, eu acredito

Ou já seria uma prova morta?

Bendito é o ponteiro que mata a hora

Que ao ir passando me ajuda ajeitar a vida, meio torta

Mas que de pouco em pouco, me cobra e me devora.

Felipe Alves Freitas
Enviado por Felipe Alves Freitas em 26/12/2010
Reeditado em 20/01/2011
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