O retomar da vida
E levo a vida neste vai-e-vem
que me tortura, que me deixa louco
e que me ceifa a vida, pouco a pouco;
eu já não tenho paz, não sou ninguém.
E, quando a vida vai chegando ao fim,
sem rumo, sem destino, sem razão,
o amor irrompe, excita o coração,
levanta o corpo adormecido e, assim,
nova jornada já se delineia,
a noite escura e fria se desfaz,
o sol da vida mostra o seu clarão.
E eu fico a declamar o que não sei,
haurindo a vida com ternura e paz,
em ti sentindo a minha inspiração.