Inconseqüente

Eu vivo o amor, e por amor eu vivo

em permanente ebulição, eu queimo

o meu metabolismo, e então eu teimo

em me manter constantemente ativo.

E com o amor, meu corpo se ressente

e vai em busca de mais energia.

Em vão eu troco a noite pelo dia,

em vão tento conter a minha mente,

inebriada com tua presença

em meu viver. E eu, inconseqüente,

invado a tua vida, mesmo sem

me anunciar a ti. Talvez eu vença

a minha timidez. Eu sigo em frente

e levo a vida neste vai-e-vem.