Soneto do Amor Infindo
Naquela manhã dourada de agosto
Ao teu lado eu vivia, anjo lindo!
Teus doces olhos castanhos sorrindo,
Se abriam e iluminavam teu rosto.
Ao sol, teu esbelto corpo exposto
Radiava um colorido infindo!
E teus rosados lábios se abrindo
Inebriavam o próprio céu-posto!
Teu inefável ventre nu me enlouquecia!
De tua carne, jovem como uma flor
Sentia o aroma, e com esse me esquecia!
Então meu coração, tomado de amor
Sofrendo por ti, já sentia...
Por não tê-la morte, e n’alma dor!