CORREMOS PARA O CAOS
Há muito tempo concebeu a Natureza
o predador vil, o homem de hoje, no seu seio.
O que temos de bom não tem muita grandeza.
O que nós temos de maldade é muito feio
e cada vez mais cresce a sua ligeireza.
Não estamos dispostos a pisar no freio
e assim fazer um ato de muita nobreza.
Nosso furor extinguirá o nosso meio.
Criamos a moeda e entramos na luxúria.
Com tanta usura vamos morrer muito ricos.
A Natureza não vai aguentar os picos
do capital e do trabalho em tanta fúria.
Como nada se perde nem também se cria,
após o caos, as novas formas terão dia.
(23/01/2005)