O CHAMADO
Teus passos se perderam...
No templo da minha ilusão
Deixaram marcas e ergueram
Escarpas íngremes no coração.
O lodo, os musgos nasceram.
Nas marcas de teus passos no chão
No vôo noturno, sonhos entristeceram,
Deixando tristes gotas de solidão.
Ainda ecoa o lamento: vem amado...
A balouçar feito barco naufragado
Que treme exposto ao sabor do vento.
Mas, apenas restou um riso apagado.
A esboçar úmido, acanhado.
Naquela que o tinha, no pensamento.
Belém, 21/08/07 – 19h00.