O fim do mundo!

Todavia o fim do mundo é muito grande. Muito triste, e insuportável.

Porque há vidas que sempre acertam, sempre ganham, sempre concertam.

E há dias em que quebro os copos, rasgo a poesia e nada é confortável...

Vejo todos esses sabias que ruflam meu mundo e em vão a mim cantam.

Quedo parada, em minha inércia muda. Não Chega a ser aconchegante,

Mas me parece ao menos uma situação. Dessas qualquer, que acontecem,

E é melhor a inércia muda que a possibilidade de nada. Do temível nada...

Mesmo o vento corre mais lento ignorando as folhas outrora instigantes.

Penso no dia final. Onde eu certamente não sobreviverei em alma intacta.

E nem todos sobreviverão. Hoje já não sobrevivemos, hoje apenas estamos.

Estamos aqui, ali... Por todos os lugares. Menos onde realmente deveríamos...

E o fim se aproxima, pra julgar essas almas que sempre são felizes,

Esses casais que se amam, os cachorrinhos que brincam e os leões vorazes.

No fim cabe tudo. Ainda que eu quebre copos, derrube o vinho e sorria triste...

01.12.10

p.m

Camila Cabral
Enviado por Camila Cabral em 21/12/2010
Código do texto: T2685042
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