O fim do mundo!
Todavia o fim do mundo é muito grande. Muito triste, e insuportável.
Porque há vidas que sempre acertam, sempre ganham, sempre concertam.
E há dias em que quebro os copos, rasgo a poesia e nada é confortável...
Vejo todos esses sabias que ruflam meu mundo e em vão a mim cantam.
Quedo parada, em minha inércia muda. Não Chega a ser aconchegante,
Mas me parece ao menos uma situação. Dessas qualquer, que acontecem,
E é melhor a inércia muda que a possibilidade de nada. Do temível nada...
Mesmo o vento corre mais lento ignorando as folhas outrora instigantes.
Penso no dia final. Onde eu certamente não sobreviverei em alma intacta.
E nem todos sobreviverão. Hoje já não sobrevivemos, hoje apenas estamos.
Estamos aqui, ali... Por todos os lugares. Menos onde realmente deveríamos...
E o fim se aproxima, pra julgar essas almas que sempre são felizes,
Esses casais que se amam, os cachorrinhos que brincam e os leões vorazes.
No fim cabe tudo. Ainda que eu quebre copos, derrube o vinho e sorria triste...
01.12.10
p.m