FAÇO VERSOS

Procuro reerguer-me em outros caminhos.

Deixo caído pelo chão... Rastros passados

Em terra estranha procuro, encontrar um ninho.

Que abrigue meus passos cansados.

Na poeira da estrada em redemoinho

Faço versos de dor, brotar calado.

Na fumaça nos olhos, o peito oprimindo

As rimas cambaleiam no coração dilacerado.

O véu da tristeza cinge este semblante

Como a esmorecer a viúva de pálido rosto

Desfigurando a beleza de antes.

Na singeleza dos meus versos, atroz desgosto.

Nada peço, sigo cabisbaixa, insignificante.

O Amor foi-se... Naquele em fins de agosto.

Marabá, 16/09/08 – 10h20.

Angela Pastana
Enviado por Angela Pastana em 21/12/2010
Código do texto: T2684107
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