FAÇO VERSOS
Procuro reerguer-me em outros caminhos.
Deixo caído pelo chão... Rastros passados
Em terra estranha procuro, encontrar um ninho.
Que abrigue meus passos cansados.
Na poeira da estrada em redemoinho
Faço versos de dor, brotar calado.
Na fumaça nos olhos, o peito oprimindo
As rimas cambaleiam no coração dilacerado.
O véu da tristeza cinge este semblante
Como a esmorecer a viúva de pálido rosto
Desfigurando a beleza de antes.
Na singeleza dos meus versos, atroz desgosto.
Nada peço, sigo cabisbaixa, insignificante.
O Amor foi-se... Naquele em fins de agosto.
Marabá, 16/09/08 – 10h20.