Vento frio
O vento frio, dentro em mim, farfalha,
revolve as folhas secas do passado,
desvela-me, no cerne, a dor, enfado,
no coração que, ainda, se amortalha.
O vento geme e ri, até gargalha,
do meu viver cinéreo, malfadado,
e do meu ser silente e amordaçado,
que andeja sobre o fio de navalha.
Oh! Vento que farfalha dentro em mim
e que, os meus véus, esgarça, sem piedade,
o teu prazer é louco, vil, mortiço;
um dia, sim, verei, também, teu fim,
sucumbirás à própria atrocidade,
e estancarás, enfim, sem força e viço.
Brasília, 21 de Dezembro de 2010.
Seivas d'alma, pg. 53
O vento frio, dentro em mim, farfalha,
revolve as folhas secas do passado,
desvela-me, no cerne, a dor, enfado,
no coração que, ainda, se amortalha.
O vento geme e ri, até gargalha,
do meu viver cinéreo, malfadado,
e do meu ser silente e amordaçado,
que andeja sobre o fio de navalha.
Oh! Vento que farfalha dentro em mim
e que, os meus véus, esgarça, sem piedade,
o teu prazer é louco, vil, mortiço;
um dia, sim, verei, também, teu fim,
sucumbirás à própria atrocidade,
e estancarás, enfim, sem força e viço.
Brasília, 21 de Dezembro de 2010.
Seivas d'alma, pg. 53