A ROSA E O BOTÃO
Disse a rosa ao botão: “Eu não sou tua.
Retira-te de vez do meu caminho.
Sou primorosa flor, tu tens espinho...
Nada existe entre nós que nos construa.”
“Sou lótus nos jardins; vives na rua
Entre pedras que eu piso. Andas sozinho
Entre folhas caídas, sob o ninho,
Que se desfaz ao sol, sem a luz da lua.”
Respondeu-lhe o botão: “Ó linda rosa!
Espinho eu tenho no cravo em que estala
A pétala intocável da inocência
Perdida em ti, pois que já não mimosa,
Murcha e já morta, já não mais exala
A pura essência da tua existência.”
Disse a rosa ao botão: “Eu não sou tua.
Retira-te de vez do meu caminho.
Sou primorosa flor, tu tens espinho...
Nada existe entre nós que nos construa.”
“Sou lótus nos jardins; vives na rua
Entre pedras que eu piso. Andas sozinho
Entre folhas caídas, sob o ninho,
Que se desfaz ao sol, sem a luz da lua.”
Respondeu-lhe o botão: “Ó linda rosa!
Espinho eu tenho no cravo em que estala
A pétala intocável da inocência
Perdida em ti, pois que já não mimosa,
Murcha e já morta, já não mais exala
A pura essência da tua existência.”